Carmo Convent Cloister
Carmo Convent Cloister
Claustro do Convento do Carmo é um dos seus primeiros interiores conhecidos, também um de seus maiores quadros em dimensões, 55cm x 70cm, de 1919. Há controvérsias se seria realmente um interior pela forte presença da luz, sempre o personagem principal do artista, que nunca deixa de ser um pintor ao ar livre. Através dos arcos, a luz da manhã reflete-se na parede e no teto de um dos lados do claustro provocando uma multiplicidade de tons claros. 

É também um estudo de perspectiva, um caminho para a porta onde está um frade. Ou seria um caminho para aquela solidão mística tão presente nos interiores de Valença? A suavidade das cores e da composição toca sem dúvida outro interior, o do observador mais atento disposto à contemplação sem pressa. Esse poema pictórico foi também doado ao Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, pela Sra. Lavínia Machado. Valença fez uma segunda representação do mesmo cenário, posteriormente presenteada ao amigo Arnoldo Wildberger.

SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 25.

Technical datasheet

Carmo Convent Cloister
Alberto Valença
Oil painting on canvas
37 x 40 cm
circa 1919

Marose and Ricardo Wildberger’s Collection