Carmo Convent Cloister
Aos setenta anos, aposentado, Valença redescobriu o Convento do Carmo, quase desabitado. Local ideal para a derradeira série de pinturas. Lá reencontra o sossego. Sente-se mais protegido dos moleques de rua e da praia que o perturbavam quando tentava abrir seu tripé e caixa de pintura. “Ele era demasiadamente introspectivo. Se chegassem perto quando estivesse trabalhando, parava tudo. Não conseguia continuar”, comentou a arquiteta Marta Valença (VALLADARES, 1980a, p. 298), então sua nora. E completou: “Ele não gostava de falar sobre o que estava pintando, nem para onde ia. Ele saía e não dava a menor satisfação. Quando voltava, ficava calado. Sentava e pronto”.
SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 172.
SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 172.
Technical datasheet
Carmo Convent CloisterSalvador, Bahia
Oil painting on canvas
32 x 40 cm
1960
Ângelo Pires da Veiga’s collection