Finistère Countryside
Nosso primeiro contato com Concarneau foi através da pintura de Alberto Valença. Em 2013, porém, movidos por uma curiosidade afetiva, visitamos o porto de pesca na costa da Bretanha. Partimos de trem de Paris até Lille e completamos a viagem de ônibus quando atravessamos literalmente os campos do Finistère , departamento francês onde se situa Concarneau, extremo oeste do país.
Campos do Finistère é um quadro de Valença, adquirido por nós, em 2017, de um colecionador particular. É muito parecido com outro do acervo do Museu de Arte da Bahia, porém percebe-se que o artista pintou a mesma paisagem em diferentes horas do dia. O nosso deve ter sido pintado num momento de intensa luminosidade, pois as cores são mais fortes que as do quadro do museu. Nele a beleza da paisagem, numa atmosfera inteiramente limpa, transporta o observador a um repouso contemplativo. As nuvens flutuam com extrema leveza sobre um milharal e casas características da região, tais como as que avistávamos da janela do ônibus. Por que tantas vezes a viagem à representação de uma imagem é mais fascinante do que um encontro real com a própria imagem? Minha hipótese é que os instantes de deleite com o objeto real são breves. As sensações intensas são rápidas. O artista, porém, sabe perpetuar a brevidade desses instantes na obra de arte.
SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 65.
Campos do Finistère é um quadro de Valença, adquirido por nós, em 2017, de um colecionador particular. É muito parecido com outro do acervo do Museu de Arte da Bahia, porém percebe-se que o artista pintou a mesma paisagem em diferentes horas do dia. O nosso deve ter sido pintado num momento de intensa luminosidade, pois as cores são mais fortes que as do quadro do museu. Nele a beleza da paisagem, numa atmosfera inteiramente limpa, transporta o observador a um repouso contemplativo. As nuvens flutuam com extrema leveza sobre um milharal e casas características da região, tais como as que avistávamos da janela do ônibus. Por que tantas vezes a viagem à representação de uma imagem é mais fascinante do que um encontro real com a própria imagem? Minha hipótese é que os instantes de deleite com o objeto real são breves. As sensações intensas são rápidas. O artista, porém, sabe perpetuar a brevidade desses instantes na obra de arte.
SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 65.
Technical datasheet
Finistère CountrysideBrittany, France
Alberto Valença
Oil painting on canvas
53 x 73 cm
1927
Bahia Art Museum