Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt nasceu em 1877 no Palácio Imperial de Petrópolis, RJ, tendo sido criada pela família de D. Pedro II para quem seu avô, o Visconde de Nogueira da Gama, trabalhava como administrador do Palácio. Finamente educada, lia e falava francês, inglês e alemão, e com igual eficiência tocava piano e cantava árias italianas e francesas.

Após a proclamação da República mudou-se para Salvador em 1890, trazida pelo pai Egas Moniz Barreto de Aragão e Menezes. Casou-se com o primo Cel. Pedro Calmon Freire de Bittencourt, com quem teve dez filhos. Quatro deles faleceram na infância. Os seis sobreviventes: Maria Dulce Calmon de Almeida foi diretora do Instituto de Música da Universidade Católica (UCSAL); Maria Tereza Calmon Correa Ribeiro, professora de História da Arte; Maria Romana Calmon Moriondo, professora de Português na Escola Técnica; Desembargador Nicolau Calmon Bittencourt, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia; Pedro Calmon Bittencourt, historiador, escritor, reitor da Universidade Brasil e imortal da Academia Brasileira de Letras; e Jorge Calmon Bittencourt, jornalista e professor, redator chefe do Jornal A Tarde.

Por informação dos filhos, Pedro e Jorge, sabe-se que este retrato foi posado demoradamente, mas concluído com apoio fotográfico devido à impaciência da modelo perante a excessiva imobilidade exigida pelo pintor, para cada sessão. Retrato, pois parcialmente posado, o bastante para imprimir os traços decisivos e expressão que a fotografia jamais atingiria.

SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 197.