Valença passou um ano em Concarneau, no extremo da Bretanha entre 1927 e 1928. Embora o auge como point dos artistas tenha sido entre 1870 e 1950, a região ainda é conhecida por acolher grande número de pintores franceses e estrangeiros, atraídos pela suavidade da luz e transparência da atmosfera, pelo espelho d’água de seu mar, pelo conjunto arquitetônico, pelas numerosas embarcações, pelas características étnicas e culturais da população operária, camponesa e principalmente pescadora. Concarneau tem como atração principal a Ville Close, uma cidadela murada, que remonta à Idade Média. A tela mostra um conjunto de atuneiros, isto é, barcos utilizados na pesca do atum que chegavam até a costa da África Ocidental.

SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 241.