A partir do Solar Jonathas Abbott, Valença pôde exercitar plenamente o estilo pintor janeleiro, tendo como tema o rico ambiente barroco. Ali trabalhou por quase três décadas como mestre de várias gerações de artistas. Paraíso lembra que o via pintando frequentemente “de dentro para fora”. Ressalta que havia uma área vizinha à Escola que ele sempre pintava. Era a vista extraordinária da Igreja de Santana e do Desterro.

“Havia uma riqueza paisagística muito grande na Rua 28 de Setembro e Valença pintava muito aqueles telhados a partir das janelas” (VALLADARES, 1980, p. 348).

A tela Igreja de Santana e Casario, pertencente ao acervo do Museu de Arte da Bahia, por exemplo, foi pintada em 1949 da janela da Escola de Belas Artes.

SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 148.