Ilhota
O filho Antônio Alberto lembra-se do pai pintando num passeio a Mar Grande, Ilha de Itaparica, com professores e alunos da Escola de Belas Artes, em 1953, quando fretaram a lancha da carreira “Gaivota” e foram todos almoçar na casa de Manoel Mendonça (1895-1964), também pintor e então diretor da Escola. Depois do almoço, no local conhecido como Ilhota, Valença abriu sua inseparável caixinha de tintas e, sem desenhar, representou o que via em pinceladas soltas, bem coloridas pelo efeito da luz de uma tarde de primavera, quando a luminosidade é mais suave e os veranistas, mais raros do que na alta estação do verão tropical. O artista, então com 63 anos, ainda mantinha a acuidade e vigor do pintor de plein air com a emoção do jovem poeta, perpetuando aquele momento de beleza e confraternização.
SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 24.
SPÍNOLA, Vera. Conversando com a Pintura de Alberto Valença: Um romance biográfico. p. 24.
Ficha Técnica
IlhotaMar Grande, ilha de Itaparica, Bahia
Alberto Valença
Óleo s/ tela
22 x 26 cm
1953
Coleção Vera e Antônio Alberto Valença