Manhã em Ubarana
Valença preferia sempre a luz do começo da manhã, no máximo até nove e meia ou aquela dos 45° do pôr do sol, a luz quase poente. Há várias marinhas refletindo o crepúsculo. Ele era tão rigoroso na representação da luz em um instante específico, que poderia demorar mais de um ano pintando um quadro se percebesse que atmosfera estava se alterando por força da mudança de estação, isto é, da direção ou da forma de incidência da luz solar. Guardava o quadro inacabado e voltava ao local à mesma época no ano seguinte para continuar representando o efeito da luz daquele exato momento. Dizia que nos trópicos a luz era muito forte nas demais horas do dia, o que impedia a percepção dos diversos planos e das cores, pois sua incidência provocava um forte reflexo.
Ficha Técnica
Manhã em UbaranaSalvador, Bahia
Alberto Valença
Óleo s/ tela
27 x 37 cm
1920 (data estimada)
Coleção Jayme Borja Baleeiro