Conversando com a Pintura de Alberto Valença

Um romance biográfico por Vera Spínola
Museu de Arte da Bahia, 2020

Fatos marcantes da vida e trajetória artística do pintor Alberto Valença (Alagoinhas/BA, 1890 – Salvador/ BA, 1983), destacado representante da Escola Baiana de Pintura, constituem o fio condutor do livro de arte Conversando com a Pintura de Alberto Valença, que é também um romance biográfico.

O diálogo com 133 pinturas selecionadas é construído a partir de depoimentos de familiares, de artistas, e de ex-alunos. Personalidades e acontecimentos do meio artístico-cultural emergem em ambientes frequentados pelo pintor.

Embora tenha passado a maior parte da vida na Bahia, Valença frequentou a Academia Julian, em Paris, em 1925/1926; viveu na Bretanha, noroeste da França, em 1927/1928; e trabalhou no Rio de Janeiro em 1931/1933. Por quase três décadas, de 1933 a 1960, foi professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e mestre de várias gerações de artistas.

O livro, com 244 páginas, dividido em 19 capítulos e um apêndice, foi escrito a partir de fatos reais, ora abordados em estilo jornalístico, ora em estilo poético/literário, afinal a obra de Valença é um poema cromático. Ele não trabalhava em ateliê. Pintava o que via, ao ar livre, com a preocupação de representar o efeito da luz naquele instante sobre as paisagens, as figuras humanas, os interiores místicos de conventos e mosteiros. Sua obra constitui um documento iconográfico dos locais onde viveu, principalmente da cidade do Salvador na primeira metade do século XX.

Confira a entrevista da autora Vera Spínola para o Jornal da Metropole.


O livro está disponível para compra nas livrarias:

Escariz

Caramurê

Alberto Valença: Um Estudo Biográfico e Crítico

VALLADARES, Clarival do Prado
Construtora Norberto Odebrecht SA, 1980

Livro indispensável aos pesquisadores e apreciadores da obra de Valença, com 360 páginas, 131 ilustrações legendadas com explicações críticas; linha do tempo; texto sobre o mestre Manuel Lopes Rodrigues, da Escola Baiana de Pintura; sobre os mestres franceses; entrevistas e depoimentos de familiares, ex-alunos, professores/colegas, e amigos do pintor, muitos já falecidos. É uma edição bilíngue, em português e inglês.
 
Clarival Valladares desenvolveu um árduo trabalho de reconstituição da obra e vida do pintor, fazendo entrevistas, visitando museus e consultando arquivos.
 
Valença não cadastrava nem datava as obras. Aos 90 anos, acompanhou a projeção de 120 diapositivos selecionados pelo pesquisador, identificando e corrigindo localidades, aproximando datas, rememorando adquirentes e, surpreendentemente, indicando falha de documentação por ausência de trabalhos que considerava fundamentais. Na seleção final, Clarival Valladares reconheceu a importância e validade da orientação dada pelo próprio pintor. 

O caráter iconográfico da pintura de Alberto Valença (1890-1983)

SPÍNOLA, Vera
Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, 2019

O objeto deste trabalho é a vida e obra do pintor Alberto Valença (Alagoinhas 1890 – Salvador 1983), representante da Escola Baiana de Pintura. Seu objetivo específico é identificar o caráter iconográfico de trabalhos que representem prioritariamente a cidade do Salvador na primeira metade do século XX. Fatos marcantes da biografia e da trajetória artística do pintor, relatados cronologicamente, constituem o fio condutor do texto. Ao longo da narrativa, destacam-se as pinturas de caráter iconográfico, bem como acontecimentos e personalidades do meio artístico-cultural da época. Embora tenha passado a maior parte da vida na Bahia, Valença frequentou a Academia Julian, em Paris, em 1925/1926; viveu na Bretanha em 1927/1928; e trabalhou no Rio de Janeiro em 1931/1933. Por quase três décadas, de 1933 a 1960, foi professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e mestre de várias gerações de artistas.


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